Cristina Branco - Maria
Gosta de quem tem fé
E dos que perdem tempo
À procura do que mais ninguém vê
A melodia que guarda
Uma palavra simples
Dessas que estão na boca de todos
Mas quando ditas pela sua
Comovem-me ao ponto de
Comovem-me ao ponto de fazer-me chorar
Fazer-me chorar
Fazer-me chorar
Maria fala sempre baixinho
Traz o cabelo revolto
E o ar cansado
De quem não dorme de noite
Prefere ouvir os outros
E deixa-se encantar
P'las coisas ambíguas
Porque as dores de um estranho
Comovem-na ao ponto
Comovem-me ao ponto de fazê-la chorar
Fazê-la chorar
Fazer-me chorar
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Cristina Branco
Biography
Na sua juventude, nunca se interessou muito pelo fado, apesar de viver no Ribatejo, terra do fado marialva. Contudo, certo dia, o avô mostra-lhe um disco de Amália e fica deslumbrada, mas isso não chegou para a convencer pelo caminho do fado. Foi numa taberna em Almeirim que sentiu o impulso para cantar e a sua voz convenceu os guitarristas presentes, nomeadamente Custódio Castelo, com quem viria a casar-se.
O primeiro disco, “Cristina Branco In Holland” (1998), surge da iniciativa de José Melo, fotógrafo e presidente do Círculo de Cultura Portuguesa na Holanda, que aprecia a sua prestação no programa “Praça da Alegria” da RTP1 e convida-a a cantar em Amesterdão.
Desde então, tem construído uma carreira internacional, com concertos um pouco por todo o mundo. Junta colaborações com alguns dos seus poetas e compositores favoritos, como Manuela de Freitas, Jorge Palma, Pedro da Silva Martins ou Mário Laginha, e “Menina” (2016) foi considerado o Melhor Disco pela Sociedade Portuguesa de Autores em 2017.