Aldina Duarte - Barro Divino
Alguma coisa é proibida
Posse impossível, distante, que dá
Sentido diferente à vida
O insaciável que existe na gente
Domina a nossa vontade
Triste final duma crença diferente
Diferente da felicidade
E sem saber até onde, o destino
É ou não o que se quer
Somos a lama, o barro divino
Que cada um julga ser
Na minha voz a cantar, corre o pranto
Dum ser que não se entendeu
E assim procuro encontrar o encanto
Que a vida para mim perdeu
A revoltante maldade duns poucos
Espalha o ódio à sua volta
E faz da terra um inferno de loucos
Onde a razão se revolta
Pois quer se acredite ou não no destino
Todos seremos sem querer
Simples poeira de barro divino
Que cada um julga ser
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Aldina Duarte
Biography
Com uma experiência profissional ligada ao jornalismo, a sua ligação ao mundo da música surge mais tarde do que o habitual. Com 24 anos tropeça na voz de Beatriz da Conceição, que a leva a querer descobrir mais sobre o fado. Em 1992 aparece no filme “Xavier”, realizado por Manuel Mozos, a interpretar o tema “A Rua do Capelão”, e, no ano seguinte, estreia-se nos palcos como fadista na peça “Judite, Nome de Guerra”, no Teatro S. Luís.
Envolvida em diversos projetos ligados ao fado, como as “Noites de Fado” no Teatro da Comuna ou a elaboração de coletâneas de Raul Ferrão e Alfredo Marceneiro, o seu primeiro álbum apenas surge em 2004. “Apenas o Amor” foi aplaudido pela crítica e deu a conhecer ao público a vertente poética da fadista, responsável por 8 poemas inéditos dos 12 temas interpretados.
Com uma forte divulgação no estrangeiro, destaca-se a passagem por palcos de cidades como Milão, Viena ou Paris. Na Sociedade Portuguesa de Autores estão registados mais de 70 poemas da sua autoria, que compõe para os seus discos como para outros artistas, como é o caso de Camané, Joana Amendoeira, António Zambujo, Pedro Moutinho ou Mariza.