Amanda Mittz - Nenhum Direito A Menos

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Agora
Eu sei quem sou (Nenhum direito a menos, Nenhum direito a menos)
Eu vou lutar
Seu ódio não vai me calar
Agora
Eu sei quem sou (Nenhum direito a menos, Nenhum direito a menos)
Eu vou lutar
E nada mais vai me parar

Pelo direito de ser, pelo direito de amar
Pelo direito de viver, pelo direito de andar
Na rua sem se esconder por medo de apanhar
Ninguém tem que entender, só tem que respeitar

Para o fim disso chegar
Para o amor enfim reinar
Para que um dia tudo isso possa vir mudar
A gente vai ocupar
E não vai parar
Até o ódio cair e ter o que celebrar

Não adianta levantar a tua mão pra mim
Usando um livro pra dizer que eu não posso existir
Porque eu vou resistir, eu vou evoluir
O meu país é laico e tu vai ter que me engolir.
Não tá esquecido, não tá perdoado
Essa tua falsa “cura” que há tempo tem nos matado
Se tá pensando que vamo ficar calado
Eu tenho a serra que ferra teu preconceito enraizado

Agora
Eu sei quem sou (Nenhum direito a menos, Nenhum direito a menos)
Eu vou lutar
Seu ódio não vai me calar
Agora
Eu sei quem sou (Nenhum direito a menos, Nenhum direito a menos)
Eu vou lutar
E nada mais vai me parar

Não me vem de metade
Eu quero inteiro, cê sabe
E quero agora e não tarde
Direito a ter liberdade
A minha identidade
É de autenticidade
Não quero hostilidade
E nem a tua maldade

Aqui são vários sotaques
Por isso é diversidade
Unindo várias cidades
A nossa comunidade
Que gera sororidade
Que tem a prioridade
Com quem tem a lealdade
Com o amor de verdade
Não aceitaremos não, pela metade não
Temos direito à moradia, saúde e educação
Não aceitaremos não, pela metade não
Tua hipocrisia não dita o futuro da minha nação. (2x)

Agora
Eu sei quem sou (Nenhum direito a menos, Nenhum direito a menos)
Eu vou lutar
Seu ódio não vai me calar
Agora
Eu sei quem sou (Nenhum direito a menos, Nenhum direito a menos)
Eu vou lutar
E nada mais vai me parar
 
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Amanda Mittz é uma artista precursora em trazer acessibilidade para a música. Na sua visão, além de ser um recurso obrigatório para todos terem acesso à sua arte, ela inova e traz a acessibilidade como linguagem, que vai além da básica legenda e janela de libras. Ela é uma pessoa com deficiência visual e, desde que se empoderou disso, tornou essa sua bandeira. Cantora, compositora, produtora musical e pesquisadora de acessibilidade cultural, cursou música com bacharelado em canto popular, mas foi no pop eletrônico que se encontrou musicalmente. “Muito Próximo do Fim” foi seu primeiro single, lançado em 2016 pelo projeto Rubber Tracks da Converse All Star. Nascida em Santos, SP, Amanda hoje reside no Rio de Janeiro, cidade que tem sido seu laboratório para se desenvolver como produtora musical e fazer suas experimentações de como usar acessibilidade na música. Na estreia de seu trabalho autoral, ela traz a sonoridade do pop eletrônico com letras que falam sobre superação e empatia no álbum Acesso. Amanda já foi apontada como tendência do pop brasileiro por revistas renomadas como Harper’s Bazaar, Tenho Mais Discos que Amigos e Ezatamag (Ezatamenthy). Seu maior desejo é que, através de sua obra, o público entenda que o acesso à música é um direito de todos, que pessoas com deficiência são potências de realização e que a diversidade é uma característica da nossa espécie, quanto mais nos cercamos dela, mais unidos ficamos.