FBC - Rap Bom

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E pra curar doeu, e o antídoto pra isso foi fazer um som
Toda favela sorriu, no rap bom, no rap bom
Sente o grave, bate forte, rap é o som
Favelado vê vantagem, rimar é um dom
Te faz pensar se o rap é bom, se o rap é bom

Anel de Nossa Senhora no dedo, coração quente
Aproveitei do que eu recebo, olha o pingente
Me olham com brilho no olho, é o brilho do dente
De ouro que eu paguei com a grana que o gerente liberou

Pique libero, eu tô no comando do time do hip hop, na foto, no vídeo ou no frame
E quem me vê ouvindo Caymmi, não imagina o quanto eu vibrei pelas rimas da KM
Ficou sem ar do lado do preto, é altitude, disse que tava escrito, nós dois é maktub
Dois pelados se amando no jato, foi mó viagem, quero tocar seu corpo e sua alma igual Fela Kuti
É dança de Pelezinho e Mercedes Batista, é Whitney cantando aos riscos de KL Jay
É um paredão sujo e cinzento, e lotado de tinta, é um belo dedo do meio pro agente da lei

Cê tem mais de mil baseados pra enrolar
Sua coroa pode até se decepcionar
Quer que tu estude e seja um mano meio nerd
E agora, nego, quem poderá te ajudar?

Só com nós que existe revolta com disciplina
Só com nós que existe putaria com amor
Próxima frase, nego, não é sobre dinheiro
Pensa com a cabeça onde o Djonga chegou
E pra curar doeu, e o antídoto pra isso foi fazer um som
Toda favela sorriu, no rap bom, no rap bom
Sente o grave, bate forte, rap é o som
Favelado vê vantagem, rimar é um dom
Te faz pensar se o rap é bom, se o rap é bom
 
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FBC foi um dos componentes do Grupo DV Tribo e despontou no cenário nacional com os cyphers DVERSOS, fez parcerias com Sombra, Froid e Cachorro Magro. Em 2016 destacou-se em “Diáspora”, junto com seus parceiros Djonga, Hot & Oreia, Clara Lima e Coyote Beatz. Já em 2017, sua participação no “Poetas no Topo 2” mostrou FBC para um novo público. Entre projetos pessoais e colaborações, totalizam-se mais de 11 milhões de visualizações no Youtube e 130 mil ouvintes mensais no Spotify.

Os singles “Ela é Green”, “Não Duvide” e “17 anos” trazem influências que vão desde o rapper londrino IDK ao autotune de Raffa Moreira. Com uma atmosfera mais sombria, o Filho Bastardo porpõe diálogos sobre machismo, homofobia e violência em SEXO, COCAÍNA & ASSASSINATOS. “Superstar” reflete sobre contradições sociais de uma forma mais irônica.