Dulce Pontes - Laranjinha
Senhora do Almortão Ó minha linda raiana Morais nos termos da arraia Sedes meio castelhana Senhora do Almortão Quedais ao vosso menino? Todos os meninos choram
Dulce Pontes - Porque
Porque os outros se mascaram, mas tu não Porque os outros usam a virtude Para comprar o que não tem perdão Porque os outros têm medo, mas tu não Para comprar o que não tem
Dulce Pontes - Retrato
Ainda que seja a carvão Pátria Retrato é tributo, homenagem Mesmo que feito a preto e branco E este preto e branco foi viagem Luto, de partida obrigatória E pranto por
Dulce Pontes - Dulce Caravela
De mansas vestes roçava ao de leve Como brisa desprendia a minha saia De tão parada nem valsava, nem ventava nada Nem ninguém já rodopiava Ai caravela desfraldada Sem
Dulce Pontes - Grito
Silêncio Do silêncio faço um grito O corpo todo me dói Deixai-me chorar um pouco De sombra a sombra Há um céu tão recolhido De sombra a sombra Já lhe perdi o
Dulce Pontes - Cancioneiro
Ah! A angústia, a raiva vil O desespero de não poder confessar Num tom de grito, num último grito Austero, meu coração a sangrar Falo, e as palavras que digo são um som
Dulce Pontes - Cantiga da Roda
Esta roda está parada Ai, esta roda está parada Por falta de tocador Por falta de tocador Ai, a roda já pode seguir Aqui a toco ao meu amor Por falta de tocador
Dulce Pontes - Ele é que me canta a mim
Sonho em como algures no rio Com ondas e mar maduro E um fado que não vi Um futuro Este destino traçado É minha sina sem fim Não sou eu quem canta o fado Ele
Dulce Pontes - Bailados do Minho
Salte, menininha, cuidado, não caia Na roda da saia, que é de seda fina Salte, menininha, cuidado, não caia Na roda da saia, já que vai cair Salte, menininha, cuidado, não caia
Dulce Pontes - La Bohemia
Bohemia de Paris Alegre, loca y gris De un tiempo ya pasado En donde en un desvan Con traje de can can Posabas para mi y yo Con devoción Pintaba con pasión tu