Cristina Branco - Tive um Coração Perdi-o
Tive um coração, perdi-o Ai quem me dera encontrar Tive um coração, perdi-o Ai quem mo dera encontrar Preso no fundo do rio Ou afogado no mar Preso no fundo do rio
Cristina Branco - Oh ! Como Se Me Alonga De Ano Em Ano
Oh! Como se alonga de ano em ano A peregrinação cansada, minha Como se encurta e como ao fim caminha Este meu breve e vão discurso, halo Vai-se gastando a idade e cresce o dano
Cristina Branco - Choro
Ai barco que me levasse A um rio que me engolisse Onde eu não mais regressasse P'ra que mais ninguém me visse Ai barco que me levasse Sem vela remos nem leme
Cristina Branco - Cristal
Tinha algum vinho ainda o copo que atirei Por cima do meu ombro e foi cair ao Tejo De madrugada, amor, havia esse lampejo Do fogo em teu olhar a impor-se a sua lei Da minha
Cristina Branco - Chegada
Depois de longos dias à mercê da tempestade E por vezes atirado ao chão da cama onde dormia Admirado com seu modo de viver, Lisboa doce cidade Sentei-me neste chão onde o sol bate e
Cristina Branco - Mulher à Janela
Nunca aquele portão se abre Tão é a janela Que lá os campos se veem nos olhos dela O rio a floresta enlaça em coroa de azul E pedras que verde vão passando corças esbeltas E
Cristina Branco - Aquele Tão Triste Dia
No meio da claridade Daquele tão triste dia Grande era a cidade E ninguém me conhecia Então passaram por mim Dois olhos lindos Depois, {?} enfim
Cristina Branco - Rio de Nuvens VIII
Turva hora onde principia a noite E o dia se esconde Hora de abandonos Em que a gente esquece Aquilo que somos E o tempo adormece Nevoenta hora de ninguém Em
Cristina Branco - Canto Ainda por Alguém
Canto ainda por alguém Que não voltarei a ver Cantam meus olhos também Teus olhos, sem o saber Dizem que trago mais triste O cansaço no olhar Com a cor de quem
Cristina Branco - Nevoeiro
Não sei quem sou nem quem és Há muito perdi o rumo Entre nevoeiro e fumo Vou e venho nas marés Não sei quem sou nem quem és Não sei se és orla de espuma Se és