Margarida Bessa - Fado da viagem
Essa gente que se acende, que conversa com o gado Que come pão amassado Com fermento de luar… Essa gente que me entende, sai de noite para a vida Volta sem vida p'ró
Margarida Bessa - Lágrima
Cheia de penas Cheia de penas me deito E com mais penas Com mais penas me levanto No meu peito Já me ficou no meu peito Este jeito O jeito de te querer tanto
Margarida Bessa - Fala da mulher sozinha
Já estou louca de estar só Acompanhada de nada Já estou cheia de ser rua Tão corrida, tão pisada Já estou prenhe de amizades Tão barriga de saudade Ai, eu ainda um
Margarida Bessa - Mouraria
Porque será que não canto Como canta a cotovia Porque será que não canto Como canta a cotovia O meu cantar nem é pranto É gemer numa agonia O meu
Margarida Bessa - Rosa enjeitada
Sou essa rosa, caprichosa, sem ser má Flor de alma pura e de ternura ao Deus dará Que viu um dia que sentia um grande amor E de paixão o coração estalar de dor Rosa
Margarida Bessa - Fado da Defesa
Lembras-te da nossa rua Que hoje é minha, já foi tua Talhada para nós dois Foi aberta pela amizade Construída com saudade P'ró amor morar depois Foi aberta
Margarida Bessa - Alexandrino
Cantava antigamente P′ra expandir a alegria No tempo em que vivi De risonha mocidade Tal qual os passarinhos Soltava meus trinados Ingénuos, descuidados Tudo
Margarida Bessa - Pombalinho
Naquela casa afastada A miséria fez morada E nunca mais quis sair Quem lá mora, não tem nada Mas nos vasos da sacada Há saudades a sorrir Quem lá mora, não tem
Margarida Bessa - Lisboa vai Lisboa vem
Lisboa vai, Lisboa vem Lá vai Lisboa atrás do fado picadinho Que dá nas vistas a trinar pelas esquinas Por fadistas e varinas No seu tom tão choradinho Lisboa vai,
Margarida Bessa - Pintadinho
Eu vi outrora o luar À porta de Santa Cruz Eu vi outrora o luar À porta de Santa Cruz Era o silêncio a rezar Ave-Marias de luz Era o silêncio a