Cristina Branco - Saudades de Júlia Mendes

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Ó Júlia
Trocas a vida pelo fado
P'lo fado
Esse malandro vadio
Ó Júlia
Olha que é tarde
Toma cuidado
Leva o teu xaile traçado
Porque de noite faz frio

Ó Júlia
Andas com a noite na alma
Tem calma
Ainda te perdes p'raí
Ó Júlia
Se estás no mundo vencida
Não finjas gostar da vida
Que ela não gosta de ti

Não fales coração
Tu és um tonto sem razão
Viver só por se querer
Não leva a nada
Aceito a decisão
Que os fados trazem ao nascer
Todos nós temos que viver
De hora marcada
Se Deus me deu a voz
Que hei de eu fazer
Senão cantar
O fado e eu a sós
Queremos chorar
Eu fujo não sei bem
Talvez do mundo ou de ninguém
Talvez de mim
Mas oiço alguém
Dizer-me assim

Ó Júlia
Trocas a vida pelo fado
P'lo fado
Esse malandro vadio
Ó Júlia
Olha que é tarde
Toma cuidado
Leva o teu xaile traçado
Porque de noite faz frio
Ó Júlia
Andas com a noite na alma
Tem calma
Ainda te perdes p'raí
Ó Júlia
Se estás no mundo vencida
Não finjas gostar da vida
Que ela não gosta de ti

Ó Júlia
Andas com a noite na alma
Tem calma
Ainda te perdes p'raí
Ó Júlia
Se estás no mundo vencida
Não queiras gostar da vida
Que ela não gosta de ti

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Cristina Branco

Cristina Branco (nascida a 28 de dezembro de 1972, Almeirim, Portugal) é uma cantora portuguesa conhecida pela interpretação de fados do reportório de Amália Rodrigues e pela sua conexão forte com a poesia.

Na sua juventude, nunca se interessou muito pelo fado, apesar de viver no Ribatejo, terra do fado marialva. Contudo, certo dia, o avô mostra-lhe um disco de Amália e fica deslumbrada, mas isso não chegou para a convencer pelo caminho do fado. Foi numa taberna em Almeirim que sentiu o impulso para cantar e a sua voz convenceu os guitarristas presentes, nomeadamente Custódio Castelo, com quem viria a casar-se.

O primeiro disco, “Cristina Branco In Holland” (1998), surge da iniciativa de José Melo, fotógrafo e presidente do Círculo de Cultura Portuguesa na Holanda, que aprecia a sua prestação no programa “Praça da Alegria” da RTP1 e convida-a a cantar em Amesterdão.

Desde então, tem construído uma carreira internacional, com concertos um pouco por todo o mundo. Junta colaborações com alguns dos seus poetas e compositores favoritos, como Manuela de Freitas, Jorge Palma, Pedro da Silva Martins ou Mário Laginha, e “Menina” (2016) foi considerado o Melhor Disco pela Sociedade Portuguesa de Autores em 2017.