Dulce Pontes - Canto do Risco

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Canto da guerra e paz, canto sem nome
Um cantar por cantar o que nos resta
Da alegria do povo e o que mais some
Uma cantata livre em tom de festa

Que canto é esse que enfuna e abarca
As velas do meu risco timoneiro
Unge as águas e o sal da minha barca
Canta e navega o mar de outro veleiro

Primeiro canto em teu cantar e dor
Não é apenas canto mais o grito
De liberdade que nasceu d'amor
E foi cantar no palco do infinito

E se queimar aquele fogo morto
E uma fogueira que só se apagou
Quando a chama de luz de um anjo torto
Viu um cravo vermelho, desposou

Canto da guerra e paz, canto sem nome
Um cantar por cantar o que nos resta
Da alegria do povo e o que mais some
Uma cantata livre em tom de festa

Que canto é esse que enfuna e abarca
As velas do meu risco timoneiro
Unge as águas e o sal da minha barca
Canta e navega o mar de outro veleiro

Ou seja, uma cantiga portuguesa
Lírica e leve, provas naturais
De mal ou bem querer sem mais nobrezas
Cantilenas ou peças de jograis
Poética, balada, verso encestado
Teu canto é poesia, mar e pranto
Cancioneiro da História e do real
Uma ode flauteando em meu espanto

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Dulce Pontes

Dulce Pontes (nascida a 8 de abril de 1969, Montijo, Portugal) é uma cantora, compositora, produtora e atriz portuguesa conhecida por ser uma das mais reconhecidas artistas da world music de sempre.

Em criança, aprende a tocar piano no Conservatório de Música de Lisboa. Mais tarde, é convidada a integrar vários espetáculos como atriz e torna-se conhecida do público através da sua participação no Festival RTP da Canção em 1991, tendo vencido o certame e representado Portugal no Festival Eurovisão da Canção desse ano.

No ano seguinte, edita o primeiro álbum, “Lusitana”, e daí em diante interpreta vários fados que lhe validam a aproximação a Amália Rodrigues, mas sempre enriquecendo os ritmos ibéricos com sonoridades menos ortodoxas.

A sua carreira, recheada de concertos por todo o mundo, tem-lhe trazido também colaborações com grandes nomes da música mundial, como Ennio Morricone, Andrea Bocelli, José Carreras, Cesária Évora ou Caetano Veloso.