Cristina Branco - Maria
Maria gosta do risco Gosta de quem tem fé E dos que perdem tempo À procura do que mais ninguém vê A melodia que guarda Uma palavra simples Dessas que estão na boca
Cristina Branco - Formiga Bossa Nova
Assim devera eu ser Assim devera eu ser Assim devera eu ser Assim devera eu ser Minuciosa formiga Não tem que se lhe diga Leva a sua palhinha Não tem que se
Cristina Branco - Barco Negro
De manhã,temendo, que me achasses feia! Acordei, tremendo, deitada n'areia Mas logo os teus olhos disseram que não E o sol penetrou no meu coração Mas logo os teus olhos
Cristina Branco - Destino
Quem disse à estrela o caminho Que ela há de seguir no céu? A fabricar o seu ninho Como é que a ave aprendeu? Quem diz à planta - "Floresce!" E ao mudo verme
Cristina Branco - Ai, Maria
Que bonita é a Maria, que bonita Que graça a Maria tem Como ela no cabelo põe a fita Como ela não a sabe pôr ninguém Tão bonita no cabelo aquela fita Mal morre a
Cristina Branco - Tive um Coração Perdi-o
Tive um coração, perdi-o Ai quem me dera encontrar Tive um coração, perdi-o Ai quem mo dera encontrar Preso no fundo do rio Ou afogado no mar Preso no fundo do rio
Cristina Branco - Oh ! Como Se Me Alonga De Ano Em Ano
Oh! Como se alonga de ano em ano A peregrinação cansada, minha Como se encurta e como ao fim caminha Este meu breve e vão discurso, halo Vai-se gastando a idade e cresce o dano
Cristina Branco - Choro
Ai barco que me levasse A um rio que me engolisse Onde eu não mais regressasse P'ra que mais ninguém me visse Ai barco que me levasse Sem vela remos nem leme
Cristina Branco - Cristal
Tinha algum vinho ainda o copo que atirei Por cima do meu ombro e foi cair ao Tejo De madrugada, amor, havia esse lampejo Do fogo em teu olhar a impor-se a sua lei Da minha
Cristina Branco - Chegada
Depois de longos dias à mercê da tempestade E por vezes atirado ao chão da cama onde dormia Admirado com seu modo de viver, Lisboa doce cidade Sentei-me neste chão onde o sol bate e