Carlos Zel - Maldito fado

Copied!edit Lyrics
original text at lyrnow.com/2066577
Ele era um bom rapaz trabalhador
Um operário leal, cumprindo bem
Vinte anos de ilusões, brotando em flor
E uma terna afeição por sua mãe
Mas um dia fatal os companheiros
Levaram-no à taberna onde parava
A malta dos vadios e desordeiros
Dos quais um à guitarra assim cantava

Um fadinho a soluçar
Faz de nós afugentar
A ideia da própria morte
Mata a dor mata a tristeza
O fado é bendita reza
Dos desgraçados sem sorte
Tem tal dor e mágoa tanta
Quando canta uma garganta
De quem vive amargurado
Que o refúgio preferido
P'ra quem viver dolorido
Está na doçura do fado

Esta triste canção foi mau agouro
Que a vida lhe viesse transformar
Tomou gosto à taberna o matadouro
E em breve deixou de trabalhar
Uma ideia tenaz e doentia
Trazia-lhe a cabeça transtornada
Chorar fazia a mãe quando o ouvia
Já ébrio ao regressar de madrugada
Um fadinho a soluçar
Faz de nós afugentar
A ideia da própria morte
Mata a dor mata a tristeza
O fado é bendita reza
Dos desgraçados sem sorte
Tem tal dor e mágoa tanta
Quando canta uma garganta
De quem vive amargurado
Que o refúgio preferido
P'ra quem viver dolorido
Está na doçura do fado

Tem tal dor e mágoa tanta
Quando canta uma garganta
De quem vive amargurado
Que o refúgio preferido
P'ra quem viver dolorido
Está na doçura do fado
 
0

Song Description:

edit soundcloud

SoundCloud:

edit soundcloud

More Carlos Zel lyrics

Carlos Zel - Amar outra vez
Eu já te amei no Rossio Na pomba que esvoaçou Aceitei o desafio De te amar onde não estou Eu já te amei à partida Numa pedrinha do cais Se te amei na despedida Ao

Carlos Zel - Fado do Zé Ninguém
Soldado que foste às sortes Vai p'ró quartel não te importes Que lá ninguém te faz mal Não temas que não te comem Vais aprender a ser homem P'ra defender Portugal

Carlos Zel - Anda o fado noutras bocas
Andei pela Mouraria Nas tascas de antigamente Mas o fado estava ausente Mudou de lá quem diria E corri Lisboa inteira Até encontrar o fado Porém achei-o mudado

Carlos Zel - Fado do campino
Mal canta o galo Ainda o Sol não é nado Monto a cavalo E vou p'ra junto do gado E os animais Essas tais feras bravias Com os olhos tão leais Parecem dar-me os

Carlos Zel - Quando a Amália acontece
É quando a Amália acontece Que se respira a ventura De quem da vida se esquece Na mais lúcida loucura Silêncio de paz divina Sente-se o tempo parado E até a gente

Carlos Zel - Fado pechincha
Fui reviver o passado Às ruas da Mouraria Não vi fadistas nem fado Desde a Graça até à Guia Um casario se aninha Cheio de fé e virtude Em volta da capelinha

Carlos Zel - Geração anos 60
Vou descrever neste fado Fado simples que alimenta A saudade em que mergulho Um dia por mim passado Isto nos anos sessenta Geração de que me orgulho De manhã tal

Carlos Zel - 29 de Novembro de 1995
Dia de chuva inclemente Cinzento de solidão Cai chuva constantemente Chove no meu coração Dia tão triste de inverno Tão frio cheio de vento E as trovoadas do

Carlos Zel - Quadras do povo
Como a gente se habitua A alguém nunca entendi A minha vida que é tua Não sabe viver sem ti Troca-se a vida num beijo Tantos trocámos meu bem Que é p'los teus olhos

Carlos Zel - Sinal da cruz
Na pequena capelinha Da aldeia velha e branquinha Dei à Maria da Luz Uma cruz de pôr ao peito E um juramento foi feito Pelos dois sobre essa cruz Juro ser tua disse-me