Carlos Zel - Fado do campino

Copied!edit Lyrics
original text at lyrnow.com/2067513
Mal canta o galo
Ainda o Sol não é nado
Monto a cavalo
E vou p'ra junto do gado
E os animais
Essas tais feras bravias
Com os olhos tão leais
Parecem dar-me os bons dias

Pampilho ao alto
Corpo firme no selim
Nunca tive um sobressalto
Se um toiro investe p'ra mim
Já disse um homem
Que foi toureiro afamado
Mais marradas dá a fome
Do que um toiro tresmalhado

Quando anoitece
E o gado dorme p'lo chão
Rezo uma prece
Por alma dos que lá estão
P'ra que as searas
Cresçam livres da tormenta
E o mal não mate as piaras
Nem os novilhos de tenta
Mas quando as cheias
Devastam pastos e trigo
Há miséria nas aldeias
E eu vou pensando comigo
Já disse um homem
Que foi toureiro afamado
Mais marradas dá a fome
Do que um toiro tresmalhado
 
0

Song Description:

edit soundcloud

SoundCloud:

edit soundcloud

More Carlos Zel lyrics

Carlos Zel - Quando a Amália acontece
É quando a Amália acontece Que se respira a ventura De quem da vida se esquece Na mais lúcida loucura Silêncio de paz divina Sente-se o tempo parado E até a gente

Carlos Zel - Fado pechincha
Fui reviver o passado Às ruas da Mouraria Não vi fadistas nem fado Desde a Graça até à Guia Um casario se aninha Cheio de fé e virtude Em volta da capelinha

Carlos Zel - Geração anos 60
Vou descrever neste fado Fado simples que alimenta A saudade em que mergulho Um dia por mim passado Isto nos anos sessenta Geração de que me orgulho De manhã tal

Carlos Zel - 29 de Novembro de 1995
Dia de chuva inclemente Cinzento de solidão Cai chuva constantemente Chove no meu coração Dia tão triste de inverno Tão frio cheio de vento E as trovoadas do

Carlos Zel - Quadras do povo
Como a gente se habitua A alguém nunca entendi A minha vida que é tua Não sabe viver sem ti Troca-se a vida num beijo Tantos trocámos meu bem Que é p'los teus olhos

Carlos Zel - Sinal da cruz
Na pequena capelinha Da aldeia velha e branquinha Dei à Maria da Luz Uma cruz de pôr ao peito E um juramento foi feito Pelos dois sobre essa cruz Juro ser tua disse-me

Carlos Zel - É fado
Caminho pela rua à toa Meus passos dou-os só p'ra ti Procuro encobrir de mim Que nunca, nunca mais te vi E mesmo sem saber porquê Eu vou ainda à tua rua Na triste

Carlos Zel - Ribatejo
Um homem ama a sua terra O campo o chão onde nasceu Queimar o rosto ao sol da serra Rogando chuva, olhando o céu Um homem já traz as cantigas Na boca quando ao mundo

Carlos Zel - Fado dos sonhos
Quer alegres, quer tristonhos Não há nada como os sonhos Que me trazem encantado. — — E que coisa singular: A gente vê a sonhar O que não vê acordado! Tive

Carlos Zel - Tenho saudades da Baixa
Tenho saudades da Baixa Da Baixa de antigamente Dos cafés que hoje são bancos Sempre tão cheios de gente Do Rossio que já foi O que hoje já não é Por onde andava o