Carlos Do Carmo - Canção De Vida
Dispensamos a razão
Corremos com sorrisos nos lábios
De encontro ao mundo em contramão
Crescemos descortinando o nosso fado
Desvendando a nossa voz
Mantemos bem-acondicionado
O fugitivo que há em nós
E tu, tu que nem sempre me entendes
Mas que tão bem sabes aconchegar
Aquele que eu sou
Talvez num breve instante, ao olhares-me
Consigas simplesmente, sеm pudor, rever-te еm mim
Às vezes nada nos pode causar medo
Tudo corre de feição
Reveses também constam no enredo
Pois não há bela sem senão
Mais tarde valorizamos a inocência
E o que dela resta em nós
Mais tarde temos plena consciência
De que o final é sempre a sós
E tu, tu que nem sempre me entendes
Mas que tão bem sabes aconchegar
Aquele que eu sou
Talvez nalgum instante, ao olhares-me
Consigas simplesmente, sem pudor, rever-te em mim
Talvez de vez em quando, ao olhares-me
Consigas simplesmente, sem pudor, rever-te em mim
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Nascemos tão furiosamente sábios Dispensamos a razão Corremos com sorrisos nos lábios De encontro ao mundo em contramão Crescemos descortinando o nosso fado Desvendando
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Carlos Do Carmo
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Biography
Após ter estudado na Suíça, inicia a carreira artística em 1964, embora tivesse já gravado um disco aos 9 anos de idade. Na década de 1970, surge como apresentador e produtor de televisão e é convidado a ser intérprete das canções a concurso no Festival RTP da Canção de 1976. “Uma Flor de Verde Pinho”, de Manuel Alegre e José Niza, é o tema selecionado para representar Portugal no Festival Eurovisão da Canção desse ano e a sua participação no Festival dá o mote para o disco “Uma Canção Para A Europa”.
Da sua carreira com mais de 50 anos, destacam-se passagens um pouco por todo o mundo e colaborações com nomes nacionais (Bernardo Sassetti, Mariza, Camané, Ana Moura, entre outros) e internacionais, como Elis Regina. Sendo um dos artistas mais premiados em Portugal, foi distinguido com um Prémio Goya (2008) e um Grammy Latino de Carreira (2014).
Em 2019, anunciou o fim da carreira e deu o último concerto a 12 de novembro, no Coliseu de Lisboa. É Comendador da Ordem do Infante D. Henrique desde 1997 e Grande-Oficial da Ordem do Mérito desde 2016.
Falece no primeiro dia de 2021.