Carlos Zel - Fado do Zé Ninguém

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Soldado que foste às sortes
Vai p'ró quartel não te importes
Que lá ninguém te faz mal
Não temas que não te comem
Vais aprender a ser homem
P'ra defender Portugal
Se Deus quiser
Ainda hás de voltar à terra
Mas se tiveres que ir p'ra guerra
Não tremas que és português
É teu dever
Saber viver como um forte
Não tenhas medo da morte
Que só se morrе uma vez

Ó Zé Ninguém
Que és militar
Se a pátria mãе
Tu queres honrar
Segue o exemplo
Dum soldado com ralé
Que morreu e está num templo
Mas ninguém sabe quem é

Soldado lá na trincheira
Se vires o porta-bandeira
Tombar com ela no chão
Levanta-a logo soldado
Num trapo verde e encarnado
Tu tens a pátria na mão
Que a pátria vem
Nessa bandeira imponente
Da cor do sol do poente
Da cor do mar e da esperança
Defende-a bem
P'ra isso tens a espingarda
E vestes aquela farda
Com que vencemos em França

Ó Zé Ninguém
Que és militar
Se a pátria mãe
Tu queres honrar
Segue o exemplo
Dum soldado com ralé
Que morreu e está num templo
Mas ninguém sabe quem é

Segue o exemplo
Dum soldado com ralé
Que morreu e está num templo
Mas ninguém sabe quem é

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