Carlos Do Carmo - Vem, não te atrases
Quanto te apressas E me confessas Que está na hora Eu não te digo Que é um castigo Ver-te ir embora Finjo que a dor Que sei de cor Pouco me importa
Carlos Do Carmo - Madrugada
Foi numa noite gelada Já rompia a madrugada No momento em que eu te vi Não soube dizer-te nada Nessa hora alucinada E fiquei a olhar para ti Não soube dizer-te
Carlos Do Carmo - Canção De Vida
Nascemos tão furiosamente sábios Dispensamos a razão Corremos com sorrisos nos lábios De encontro ao mundo em contramão Crescemos descortinando o nosso fado Desvendando
Carlos Do Carmo - Fado Moliceiro
{Letra de "Fado Moliceiro"} {Verso} Morro de amor Pelas águas da Ria Esta espuma de dor Eu não sabia Sou moliceiro Do teu
Carlos Do Carmo - Por morrer uma andorinha
Se deixaste de ser minha — minha dor Não deixei de ser quem era — e tudo é novo Por morrer uma andorinha — sem amor Não acaba a Primavera — diz o povo Como vês não estou
Carlos Do Carmo - Júlia Florista
A Júlia florista Boémia e fadista Diz a tradição Foi nesta Lisboa Figura de proa Da nossa canção Figura bizarra Que ao som da guitarra O fado viveu Vendia
Carlos Do Carmo - Novo fado alegre
Amiga Abre também a tua voz e vem comigo Não cantaremos nunca mais o fado antigo Agora Em cada verso há um homem que não chora E o futuro é o sítio onde se mora
Carlos Do Carmo - Insónia
Tão longas eram as noites Do nosso amor fora de horas Divididas por abraços Repousadas nas demoras Repartidas por silêncios E pelo canto a desoras Noite escura e
Carlos Do Carmo - Margens da solidão
Olhar que vais pelas ruas Como brisa a enternecer Os murmúrios deste verão Todas as águas são tuas No meu modo de nascer Nas margens da solidão Todas as águas são
Carlos Do Carmo - À noite
No fado em que nasci, no fado em que morri Um fado vi nascer na sina de morrer Em tudo o que eu cantei, um rosto me sorri Um fado me ensinou que nunca vou esquecer Em tudo o